A ABSOLUTA IMPORTANCIA DO MOTIVO ICo. 13 A. W. Tozer - Adaptação Pr. Braga
1 Eu poderia falar todas as línguas que são faladas na terra e até no céu, mas, se não tivesse amor, as minhas palavras seriamcomo o som de um gongo ou como o barulho de um sino.
2 Poderia ter o dom de anunciar mensagens de Deus, ter todo o conhecimento, entender todos os segredos e ter tanta fé, que até poderia tirar as montanhas do seu lugar, mas, se não tivesse amor, eu não seria nada.
3 Poderia dar tudo o que tenho e até mesmo entregar o meu corpo para ser queimado, mas, se eu não tivesse amor, isso não me adiantaria nada.
4 Quem ama é paciente e bondoso. Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso.
5 Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas.
6 Quem ama não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada,
mas se alegra quando alguém faz o que é certo.
7 Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança
e paciência.
8 O amor é eterno.
Existem mensagens espirituais, porém elas durarão pouco.
Existe o dom de falar em línguas estranhas, mas acabará logo.
Existe o conhecimento, mas também terminará.
9 Pois os nossos dons de conhecimento e as nossas mensagens espirituais são imperfeitos.
10 Mas, quando vier o que é perfeito, então o que é imperfeito desaparecerá.
11 Quando eu era criança, falava como criança, sentia como criança e pensava como criança.
Agora que sou adulto, parei de agir como criança.
12 O que agora vemos é como uma imagem imperfeita num espelho embaçado, mas depois veremos face a face.
Agora o meu conhecimento é imperfeito, mas depois conhecerei perfeitamente, assim como sou conhecido por Deus.
13 Portanto, agora existem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor.
Porém a maior delas é o amor.
A prova pela qual toda conduta será finalmente julgada é o motivo.
Como a água não pode subir mais altodo que o nível da sua fonte, assim a qualidade moral de um ato nunca pode ir mais alto do que o motivo que o inspira.
Exemplo: Você não pode matar por amor.
Por esta razão, nenhum ato procedente de um mau motivo pode ser bom, ainda que algum bem possa parecer provir dele.
Isso para comprovar o texto da fonte e da árvore... Uma árvore má não pode dar bom fruto... E da mesma fonte da pode fluir água doce e salgada.
Toda ação praticada por ira ou despeito, inveja por exemplo, de imediato se perceberá que foi praticada pelo inimigo e contra o reino de Deus.
Infelizmente, a natureza da atividade religiosa é complicada a tal ponto que muita coisa dela pode ser levada a efeito por razões não boas, como a raiva, a inveja, a ambição, a vaidade e a avareza.
Toda atividade desse contexto é essencialmente má e como tal será avaliada no julgamento.
Nesta questão de motivos, como em muitas outras coisas, os fariseus são claros e bons exemplos.
Eles continuam sendo os mais tristes fracassos religiosos do mundo não por causa de erro doutrinário, nem porque fossem pessoas de vida abertamente dissoluta.
Todo o problema deles estava na qualidade dos seus motivos religiosos.
Oravam, mas para serem ouvidos pelos homens, e deste modo o seu motivo arruinava as suas orações e as tornava não somente inúteis, mas realmente más.
Contribuíam generosamente para o serviço do templo, mas às vezes o faziam para escapar do seu dever para com os seus pais, e isto era um mal, um pecado.
Eles condenavam o pecado e se levantavam contra ele quando o viam nos outros, mas o faziam por sua justiça própria e por sua dureza de coração.
Assim era com quase tudo o que faziam.
Suas atividades eram cercadas de uma aparência de santidade, e essas mesmas atividades, se realizadas por motivos puros, seriam boas e louváveis.
Toda a fraqueza dos fariseus jazia na qualidade dos seus motivos.
Que isso não é uma coisa pequena infere-se do fato de que aqueles religiosos formais e ortodoxos continuaram em sua cegueira até que finalmente crucificaram o Senhor da glória sem um pingo de noção da gravidade do seu crime.
Atos religiosos praticados por motivos vis são duplamente maus - maus em si mesmos e maus porque praticados em nome de Deus.
Isso é equivalente a pecar em nome dAquele Ser que é sem pecado, a mentir em nome
dAquele que não pode mentir, e a odiar em nome dAquele cuja natureza é amor.
Tu já pensou nessa possibilidade meu irmão?
Tu já ouviu falar em espírito de religiosidade?
É isso mesmo, são aqueles que coam mosquito e engolem elefantes.
Os cristãos, especialmente os muito ativos, freqüentemente devem tomar tempo para sondar as suas almas para certificar-se dos seus motivos.
Muitas canções são cantadas para exibição; muito sermão é pregado para mostrar talento; muitas igrejas são fundadas em decorrência de racha de outra igreja.
Tudo isso vai dar em nada, pois a origem, o fundamento e fim, não é o amor.
Mesmo a atividade missionária pode tornar-se competitiva, e a conquista de almas pode degenerar, passando a ser uma espécie de plano de vendedor de escovas, de cosméticos para satisfazer a carne.
Não se esqueçam, os fariseus eram grandes missionários, e circundavam mar e terra para fazer um discípulo.
Um bom modo de evitar a armadilha da atividade religiosa vazia é comparecer ante Deus sempre que possível com as nossa Bíblias abertas no capítulo 13 de I Coríntios. (ler)
Esta passagem, conquanto considerada como uma das mais belas da Bíblia, é também uma das mais severas das que se acham nas Escrituras Sagradas.
O apóstolo torna o serviço religioso mais elevado e o consigna à futilidade, a menos que seja motivado pelo amor.
Sem amor, profetas, mestres, oradores, filantropos e mártires são despedidos sem recompensas.
Para resumir, podemos dizer simplesmente que, à vista de Deus, somos julgados, não tanto pelo que fazemos como por nossas razões para fazê-lo.
Não o que mas por que será a pergunta mais importante quando nós cristãos comparecermos no tribunal para prestarmos contas dos atos praticados enquanto no corpo.
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