segunda-feira, 13 de julho de 2009

MUITOS SÃO CURADOS, MAS POUCOS ESCOLHIDOS!!

Lucas 17.11-19

Introdução

Jesus disse a estes leprosos a mesma coisa que disse a todos leprosos que havia purificado:
"mostra-te ao sacerdote como testemunho!“

Em Lucas 5:14, Jesus havia dito a outro leproso: “Vai...mostra-se ao sacerdote e oferece, pela tua purificação, o sacrifício que Moisés determinou, para servir de testemunho ao povo”.

Ora, nenhum leproso podia simplesmente voltar para casa, para a igreja ou seu sindicato.

Havia algumas coisas que ele tinha de fazer.

Primeiro, ele teria de ser declarado purificado por um sacerdote - e isso obrigava a um cerimonial muito elaborado e detalhado, que durava oito dias.

Tinha de ter todos os pelos raspados, ser banhado e examinado.

Após isto, viriam os sacrifícios, o espargir do sangue e do óleo, unções, ofertórios.

E depois de tudo isto, ele teria de esperar mais oito dias antes de poder ser devolvido à família e aos seus direitos.

Contando tudo, o processo levava dezesseis dias de atividades religiosas incríveis!

Estas cerimônias altamente religiosas eram todas simbólicas - tipos usados para ensinar as pessoas a respeito da glória do Messias.

Está tudo descrito em Levíticos 14 - e foi isso que os dez leprosos voltaram para fazer na cidade.

Nestas alturas Jesus e os apóstolos provavelmente já tinham comido alguma coisa e estavam na estrada, bem adiante da aldeia.

Porém, de repente, ouviram uma algazarra atrás deles.

Quando se viraram para olhar, viram um homem correndo para eles - gritando e agitando os braços! Um dos discípulos disse:

“É um dos dez leprosos da cidade”.

E quando ele se aproximou, ouviram-no gritando: “Glória - glória a Jesus! Louvado seja!”

Era o samaritano!

Quando chegou até Jesus, prostrou-se aos Seus pés - e explodiu em louvor e ações de graças! Do íntimo do seu ser jorrou adoração ao Filho do Deus vivo: “Tu és Deus! Não conseguirias fazer isso a menos que fosses o Filho de Deus.

(Ele não era religioso – a religião atrapalha mais que ajuda)

Louvado seja Deus! Glória!”

Jesus baixou Seu olhar para ele e disse: “Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove?” (Lucas 17:17).

Ele estava perguntando: “Por que apenas você? Onde estão seus amigos, os outros que Eu curei?”

Amado, esta é a pergunta que Jesus ainda faz hoje! Das tantas multidões que tornou limpas e preenchidas, só um remanescente é atraído a Ele! Então, onde estão os outros?

Eu lhe digo - eles estão no mesmo lugar onde foram acabar os nove leprosos curados:

perdidos na igreja - engolidos pela religião! Nos rituais, nas formalidades, nos costumes, nas tradições.

Ora, estes nove leprosos estavam ansiosos para retomarem suas vidas.

Disseram: “Preciso voltar para minha esposa e para minha família.

Quero de novo o meu respeito próprio.

Quero voltar à sinagoga e estudar sobre a vinda do Messias!”

Alguém poderá dizer: “O que há de errado nisto?


Ao homem não é ordenado prover o sustento para os seus? e Davi não fala de se meditar nas coisas profundas de Deus? Não devem os cristãos estar motivados para trabalhar com diligência - fazer exatamente o que os nove leprosos fizeram? E Jesus não lhes disse para irem diretamente ao sacerdote?”

Sim, tudo isso é verdade - mas fica sem significado se primeiro, não se conhece a Jesus!

Os nove leprosos tinham Verdadeiramente sido tocados pelo Poder de Jesus - Haviam se transformado em testemunhas do Seu Poder!

“Vai...ao sacerdote...para servir de testemunho ao povo” (Lucas 5:14).

Por muitos anos estes leprosos teriam um testemunho de poder.

Poderiam passar o resto de suas vidas falando sobre como Jesus simplesmente disse uma palavra, e foram curados:

“Já fui leproso! Estava inteiramente só, sem esperança - sujo, imundo, perdido, à morte.

Aí Jesus veio e me limpou.

Faz vinte e sete anos que estou curado - louvado seja o Seu nome!”

Tudo isso soa maravilhoso.

Mas o problema, é que estavam falando de um Homem que não conheciam - estavam testemunhando do poder de um Salvador a respeito do qual nada sabiam! Só O viram de longe.

Sabiam como Ele era, como falava, como andava - mas nunca haviam se aproximado dEle e de Seu coração!

Como é triste ver tantos convertidos - tantas pessoas que foram libertas
se acomodando e se perdendo na religiosidade!

Algumas pessoas simplesmente não querem prosseguir com Jesus.

Preferem a religiosidade morta! Gostam da pompa e do formalismo cerimonial das “grandes igrejas”.

Ó! Como aqueles nove leprosos devem ter sentido-se religiosos ao passar pelo longo ritual de purificação!

E como esta cerimônia foi incrível: ouçam só que “coisa bela”!!

Primeiro, o sacerdote pegou dois pássaros.

Matou um numa tigela de água “viva” (ou corrente), e deixou o sangue escorrer na água.

Aí, amarrou hissopo numa haste de cedro (mais de 40 centímetros), e prendeu no pássaro vivo com uma fita de lã vermelha.

As asas e o rabo do pássaro são imersos no sangue e na água.

Por sete vezes o sangue foi aspergido na fronte e nos punhos do leproso purificado.

A seguir o pássaro vivo foi solto para voar livremente.

Mais tarde, o leproso lavou suas roupas, raspou os pelos, se banhou cuidadosamente e entrou na cidade para ficar isolado por sete dias.

No oitavo dia, ele voltou ao sacerdote trazendo dois cordeiros machos e uma ovelha com manchas.

Também trouxe mais ou menos quinze quilos de farinha e cinqüenta e seis centímetros cúbicos de óleo.

Eram para uma oferta pela transgressão, uma oferta pelo pecado, e uma oferta queimada.

O sacerdote pegava o óleo, derramava-o na palma da mão, e o espalhava no chão sete vezes.

Com o sangue do cordeiro, tocava o leproso em sua orelha direita, no polegar direito e no dedão do pé direito.

A seguir o ungia com óleo nestes três pontos, e derramava o óleo restante sobre a cabeça.

Como era cheio de cerimonial! - Como os leprosos devem ter sentido-se religiosos!

E na verdade, esse ritual representava coisas muito significativas - unções, purificação pelo sangue.

Mas tudo isso era morto! Sem vida, como é toda religião sem Jesus.

Não nos serve a santa ceia sem Jesus, não nos serve o batismo sem Jesus, não nos serve as boas obras sem Jesus, não nos servirá sacrifício nenhum sem Jesus.

Os leprosos saíram do toque de Jesus e voltaram para o ritual e o formalismo morto e árido.

Sim, eles readquiriram o auto-respeito.

Reingressaram na vida da igreja.

Ganharam novamente bênçãos materiais.

Mas nunca chegaram a conhecer Jesus!

Você pode perguntar: “Por que então Jesus os mandou de volta para o ritualismo?”

Creio que Cristo enviou os leprosos para o sacerdote, na esperança de que ficariam com fome de conhecer a realidade presente por trás do ritual:

“A água corrente - Ele não disse uma vez ser a Água Viva? E o derramamento de sangue - Ele não disse que Seu sangue seria derramado, que seria crucificado?

O cordeiro sendo ferido - o que significa isto?”

Veja, não em Israel um sacerdote capaz de dizer aos nove leprosos o significado destas cerimônias.

Eles faziam tudo por rotina, era tudo ritualísticos, fazia parte!

Não: Jesus queria que o leprosos se voltassem para Ele e fossem ensinados!

Quando gritaram por Ele na beira da estrada, “Mestre: tenha piedade!” eles usaram uma palavra que quer dizer:

“Comandante, Professor!” Eles sabiam que Ele tinha toda a verdade - mas não tinham fome dela.

Estes nove leprosos representam os milhares de almas que hoje se assentam na igreja, ouvindo ministros que não sabem o que estão dizendo.

É tudo árido, maçante - morto!

Mas sei que uma coisa boa existe: as pessoas já não estão agüentando mais! Muitos estão dizendo:

“Não foi para isso que Jesus me salvou - para ficar sentado aqui, secando, sob a liderança que só faz as coisas pela rotina.

Quero realidade! Quero Vida, quero Cristo!”

Agora quero lhes falar sobre o homem remanescente -aquele que, dentre os dez, se vira e volta correndo para Jesus!

Por que é que, em cada geração, há um remanescente que corre atrás de Jesus cheio de paixão e de ações de graças?

Por que Deus sempre tem um, em dez, que deixa tudo e volta só para adorar e louvar a Cristo - enquanto os outros noventa por cento continuam na rotina?

Eu creio que o samaritano voltou correndo para Jesus porque não estava preso a formalismos, costumes, tradições e rituais.

Ele não teve de “desaprender” nada! Veja, os outro nove haviam sido criados ortodoxos, suas mentes ensinadas desde a infância no ritual e nas cerimônias.

Ainda estavam presos à suas tradições.

Mas, uma vez tendo visto o sistema religioso, imaginamos que o samaritano tenha gritado: “De jeito nenhum, eu quero é Deus”!

Ele testemunhou a falsidade dos líderes religiosos e dos freqüentadores de igreja.

Viu os fariseus roubando viúvas e tirando os seus lares.

Viu sacerdotes subornando e sendo subornados.

Viu os templos cheios de cambistas, transformando a casa de Deus num covil de ladrões.

Viu escribas fazendo regras para os outros, que eles próprios jamais levantaram um dedo para obedecer.

Viu os rostos caiados, fisionomias falsas e padrões enganadores.

E disse para si: “Isto é o cego guiando outro cego - não é para mim.

Quero a realidade!”

Eu quero é Deus!!

Então, ao se dirigir à aldeia com os outros nove - ao retornar ao sacerdote, à igreja, à sociedade, ao respeito e à boa vida - ele pára e pensa: “Espere aí! Lembro-me como era quando eu tinha tudo isso: dinheiro, prestígio, segurança.

Eu era infeliz! Todos os meus supostos amigos me rejeitaram à primeira menção de que eu pudesse ter lepra. Eu era vazio - vivia preso a hábitos pecaminosos, cheio de ódio e de amargura.

Era um inferno. Por que vou querer voltar para isso?”

Aí, algo em seu coração começou a queimar: “Olhe para mim - estou limpo.

Jesus me curou! A igreja pode esperar - a minha carreira e a minha família podem esperar.

Eu vou para Jesus! Quero conhecer Aquele que me curou!” Ele chegou à mesma conclusão à que todos os remanescentes chegam:

“Lá fora não há nada que me satisfaça, o mundo não tem nada que realmente me faça feliz.

Tudo é vaidade! Eu vou para Jesus - Ele vai ser a minha realidade!”

Irmãos não basta ser curado por Jesus; para ser salvo, o homem precisa se tornar um verdadeiro adorador.

Nesta história surpreendente, dez leprosos foram curados, mas, somente um foi salvo.

Como podemos saber que este leproso se tornou um verdadeiro adorador, quais DETALHES desta história revelam isso para nós?

Muito são curados; mas poucos são escolhidos.

1. O VERDADEIRO ADORADOR VOLTA PRA JESUS - vs 15.


Muitas pessoas, após serem curadas pelo poder das palavras de Jesus, vão-se embora para sempre. Somente os verdadeiros adoradores voltam-se para Jesus.
Muitos, querem mesmo é "se mostrar para os sacerdotes". Somente os verdadeiros adoradores preferem se mostrar para Jesus.

2. O VERDADEIRO ADORADOR GLORIFICA A DEUS EM ALTA VOZ - vs 15.


Os verdadeiros adoradores são "escandalosos", proclamam as maravilhas de Deus em alta voz.

Não são tímidos, envergonhados, reprimidos. Jamais se calam.

Jamais negam a sua fé.
Os ímpios glorificam os seus ídolos em alta voz, enquanto muitos que se dizem cristãos, nem às portas fechadas conseguem dar um "Glória a Deus!“.

3. O VERDADEIRO ADORADOR PROSTRA-SE COM O ROSTO EM TERRA AOS PÉS DE JESUS - vs 16.
Os verdadeiros adoradores são humildes de coração, colocam o rosto no pó da terra. Não se exaltam.

Não exigem. Apenas adoram.
Os verdadeiros adoradores são homens e mulheres "do joelho calejado". Sabem que vieram da morte e, agora salvos, jogam-se aos pés de Jesus, sem pressa, sem outros compromissos importantes.

3. O VERDADEIRO ADORADOR NÃO SE CANSA DE AGRADECER A DEUS AS BÊNÇÃOS RECEBIDAS - vs 16.


Os verdadeiros adoradores são homens e mulheres que sabem expressar sua gratidão a Deus.
Em gratidão a Deus, eles fazem doações, se envolvem nas tarefas do reino de Deus, ajudam seus irmãos, socorrem os necessitados, buscam os perdidos, respeitam seus líderes, etc.

Conclusão:
Os verdadeiros adoradores são aqueles que voltam pra Jesus, glorificam a Deus em alta voz, prostram-se aos pés do Mestre e demonstram sua gratidão pelas graças recebidas.

Não nos será suficiente ouvir, “estás curado, mas também, a tua fé te salvou”. Só os que se voltam totalmente para Jesus, ouvirão: "A tua fé te salvou".



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